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quarta-feira, 14 de março de 2012

Encontrei a resposta.... (Simone de Beauvoir)

"Elisabeth admira-se de que eu não seja ambiciosa. Mas a razão é essa, justamente: não
preciso conquistar um lugar privilegiado no mundo, pois parece-me que já estou
instalada nele.
Sorriu a Gerbert e comentou:
- Você também não é ambicioso.
-Não - respondeu ele. - Para quê?
Hesitou um pouco, depois prosseguiu:
- Mas gostaria de ser um bom ator.
- Tal como eu, que gostaria de escrever um bom livro. Gostamos de fazer bem o nosso
trabalho. Mas não pela glória, nem pelas honrarias."


(Simone de Beauvoir - A convidada, p.16)




A algum tempo, uma professora perguntou-me se eu era ambiciosa, respondi a ela que não, mas não soube lhe explicar direito o porque da resposta. Sempre fiquei pensando sobre esse assunto, mas nunca havia encontrado a resposta perfeita. Precisei ler Simone de Beauvoir para encontrá-lá, e tenho certeza que a minha colega Eliane compartilhará dessa opinião, não é mesmo?


E tem como não concordar de definição tão perfeita das angústias vividas por nós durante tanto tempo? lembrando que discutimos sobre isso constantemente...
Ler Simone de Beauvoir! Quantas descobertas e reflexões! E saber que este livro estava o tempo todo lá! Esperando para ser aberto...suplicando por atenção...em nossas estantes de relíquias, os quais relutamos muito em nos desfazer, agora acredito ser essa decisão muito sábia...Quantos tesouros ainda podem estar lá a nossa espera! 

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Mentiras...

Imagem aqui
“Afastaram-nos um do outro só por sermos de países diferentes, por um ter olhos castanhos e o outro azuis. E ao mesmo tempo gritavam vivas ao internacionalismo e à amizade eterna entre povos. Tudo mentira! Todos estes anos eu te queria dizer isso, vivemos sem o saber numa mentira permanente e continuaram sempre a mentir-nos.”

O planalto e a Estepe, Pepetela, p. 155

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

De perto ninguém é normal



“Um gordo abade numa cama de ouro é pouco cristão. Arrancá-lo de lá, derreter a cama para comprar pão para os pobres, isso sim, é cristão.
            E revolucionário.”
Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, conhecido pelo pseudônimo de Pepetela


Livro: O planalto e a estepe, Pepetela, p.44

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

De perto ninguém é normal


 "Na época não conhecíamos, mas Mandela falou em criar a sociedade do arco-íris...            Mandela pensava em nós...Um continente inteiro arco-íris, com todas as cores do mundo. 
É sonho? É sonho, sim. Mas é lindo."
Nelson Mandela

livro: O planalto e a estepe, Pepetela, p.36

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

De perto ninguém é normal

 
Angústia (A mãe do artista 1950) - Pintado por Alfaro Siqueiros David


“Então tem mal ser amigo de pretos? Onde está Deus no meio disto tudo? ...O preto deve ser amigo do branco, era obrigado por lei e pela igreja, senão levava porrada. Os brancos é que não deviam ser amigos dos pretos. Não há equilíbrio na vida. A ideia da reciprocidade é uma falácia para enganar parvos...O homem só gosta da diferença, sobretudo a que o favorece.”

Livro: O planalto e a estepe, Pepetela, p.22

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

De perto ninguém é normal


“...Só percebi uma coisa, me acusavam de ser amigo dos pretos, o resto para mim era chinês. Mas eu não era amigo dos pretos por serem pretos, nem via bem as cores nem as cores têm importância. Era amigo dos meus amigos, isso sim. Eles não entenderam que tentei explicar.”

livro: O planalto e a estepe, Pepetela, p.21

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

De perto, ninguém é normal...

"...e essa mão se fechou em torno da moeda, e a cor dessa mão era muito escura, 
mais escura ainda do que a da minha pele. E a filha dele ria e tentava abrir os dedos da mão do pai, 
e a pele dela era muito mais clara que a dele...E a mãe também ria, ajudando a filha a abrir a mão do pai,
 e a pele da mãe era clara como a de Sarah.

Eu nem tentaria explicar isso às moças da minha aldeia porque elas não acreditariam. 
Se contasse a elas que aqui neste lugar existem crianças nascidas de pais negros e brancos, 
que se dão as mãos no parque e riem juntos, elas sacudiriam a cabeça e diriam: Madame Já-fui-lá está inventando suas histórias outra vez."


Pequena Abelha - Chris Cleave - p.224

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Aventura...

O que é uma aventura? Depende de onde você sai. Menininhas em seu país se escondem no espaço entre a máquina de lavar roupa e a geladeira e fazem de conta que estão na selva, com cobras verdes e macacos ao redor. 


Minha irmã e eu costumávamos nos esconder num espaço na selva, com cobras verdes e macacos ao redor, e fingir que tínhamos uma máquina de lavar roupa e uma geladeira. Vocês vivem num mundo de máquinas e sonham com o que tem carne e osso. Nós sonhamos com máquinas porque vemos o que os que têm carne e osso fazem conosco.


Pequena Abelha - Chris Cleave, p.218

terça-feira, 6 de setembro de 2011

De perto, ninguém é normal...

EXISTE UM OUTRO MUNDO, MAS ELE FICA NESTE MESMO. (W. B. YEATS) pg.7


Então vocês já sabem que eu sou um cartunista. E acho que sou dos bons. Mas por melhor que eu seja, meus cartuns não resolvem meus problemas de dinheiro ou de comida. Eu gostaria de poder desenhar um sanduíche de pasta de amendoim com geleia, ou um punhado de notas de vinte dólares e, num passe de mágica, fazer com que se transformassem em coisas reais. Mas não sou capaz de fazer isso, nem mesmo o mágico mais faminto do mundo. 
Eu gostaria de ser mágico, mas não passo de um pobre coitado vivendo com sua família de pobres coitados em um lugar de pobre coitados...
...Querem saber qual é a pior coisa quando se é pobre? Bem, talvez vocês já tenham deduzido esta equação matemática e imaginem que:


Pobreza = geladeira vazia + estômago vazio


Claro, algumas vezes pulamos uma refeição em nossa casa, e sono é só o que temos para o jantar.
Sabe, de uma maneira estranha, a fome faz a comida ficar mais saborosa. Nada é mais gostoso do que uma coxa de frango quando se está sem comer há (aproximadamente) dezoito horas e meia....E vocês podem ter certeza de outra coisa: um bom pedaço de frango pode levar qualquer pessoa a acreditar na existência de Deus.


(Diário absolutamente verdadeiro de um índio de meio expediente - pg 17 - Sherman Alexie)


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

De perto, ninguém é normal...

Desenho o tempo todo....
Desenho porque as palavras são muito imprevisíveis.
Desenho porque as palavras são limitadas demais.
Se a pessoa escreve e fala em inglês, ou espanhol, ou chinês, ou qualquer outra língua, apenas um certo percentual da humanidade vai compreender o que ela quer dizer.
Mas quando ela desenha uma imagem, todo mundo é capaz de compreender.
Se eu desenhar uma flor, todos os homens, mulheres e crianças do mundo podem olhar para ela e dizer
 "É uma flor".
(Diário absolutamente verdadeiro de um índio de meio expediente - pg 15 - Sherman Alexie)



quinta-feira, 1 de setembro de 2011

De perto, ninguém é normal...

        Ó Pequena Abelha! Admiro sua coragem!
       Como continuar lutando em meio a tanta adversidade?
       Como continuar suportando a dor da perda?
       As lembranças da desgraça?
       As memórias permanentes da imundicie que a espécie humana pode causar a seus iguais?

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

De perto, ninguém é normal...


...eu pensava que o mundo fosse dividido em tribos...em pretos e brancos. Em índios e brancos. Mas agora sei que não é assim. O mundo só é dividido em duas tribos: a de pessoas que são babacas e das que não são.

(Diário absolutamente verdadeiro de um índio de meio expediente - pg 236 - Sherman Alexie)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

De perto ninguém é normal

  
      Quer conhecer um pouquinho da vida de um adolescente argentino?
      Ele não é muito diferente do restante do mundo!
      - Conflitos no colégio;
      - Amor não correspondido;
      - Perseguição pela professora de matemática;
      - Convívio com a solidão e a esperança;
      - Poesias ocultas.
      O que o difere talvez seja sua forma amorosa de cuidar de seus dois irmãos;
      - A tentativa de compreensão de conceitos feministas declarados por sua mãe;
      - A utilização de palavras e expressões sábias e divertidas;
      - Seu espanto ao saber que existem sim filhos que são espancados pelos pais, e repensar seu relacionamento familiar;
      - Sensibilizar-se com a beleza do filme 'Casablanca' (confesso que fiquei curiosa para assistir em preto e branco);
      - Possuir um amigo multifacetário.
      Muitas outras coisas mais pode-se descobrir de um adolescente de 13 anos, de sexualidade galopante que possui um meio sorriso que faz uma covinha na bochecha direita.
       Mas desconfiem se é só isso que encontraram no livro. Sei o que estou dizendo! rs,rs,rs,rs

(Resenha do livro "Nunca serei um super herói - Antonio Santa Ana)

segunda-feira, 25 de julho de 2011

"Construa uma alma ...


...Faça uma alma verdadeiramente sua,
resoluta e flexível, imune às
mordidas do preconceito,
sem falso pudor nem vazia arrogância.
Uma alma solidária, solitária ..."

(O grande labirinto - Fernando Savantes)


quinta-feira, 21 de julho de 2011

Thalita Rebouças - Ela disse, Ele disse

   
    
O livro mostra as dificuldades enfrentadas por Leo e Rosa, dois típicos adolescentes de classe média, para se adaptar a uma nova realidade: a dureza do primeiro ano num colégio novo. Amizade, futebol, paixões, bullying e até armadilhas da internet fazem parte das histórias dos dois narradores.

(Ela disse, Ele disse - Thalita Rebouças)

 


Autora maravilhosa....Leitura dinâmica, jovem, não somente neste livro, mas nos demais, aliando temas super atuais com uma liguagem hiperbacana nos envolvendo do princípio ao fim, confira os demais livros dela disponíveis em nossa biblioteca! Vocês certamente irão amar!!!


segunda-feira, 18 de julho de 2011

De perto ninguém é normal


"...segundo a vó, Deus criou o homem à sua imagem e semelhança. Mas é estranho pensar que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, porque, quando a gente diz 'homem', também está se referindo às mulheres, e, além disso, existem muitas pessoas na Terra, e existem os brancos, os negros, os índios, os orientais, os altos, os baixos, os corcundas, os gordos, os magros, os feios, os bonitos, os anões, os jovens, os velhos, e Deus teria que ser igual a todos eles, porque todos são seus filhos e são sua imagem e semelhança.
       Aí pensei que o único jeito de Deus ser igual a todos eles seria se Ele fosse como a Mística, do X-Men, que conta a história dos mutantes que são perseguidos pelos homens comuns porque são mutantes, e a gente costuma perseguir o que é diferente, como Hitler perseguiu quem era diferente dele quando foi ditador na Alemanha, e cada mutante tem uma habilidade, como o poder sobre os metais ou o poder de arrancar a vida de alguém só de tocar nele ou o poder de se trasformar em todas as pessoas, que era o poder da Mística.
      - Se você fosse um mutante, que mutante você seria?
      Eu queria responder a Mística, porque seria muito bom poder ser quem eu quisesse e porque eu não precisaria ser só eu, que às vezes cansa. Mas achei que os meninos implicariam comigo, e a última coisa que eu queria era que implicassem comigo, aí respondi o Ciclope."

(No presente, p.29 - Márcio El-Jaick)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

De perto, ninguém é normal...

Histórias de (in)tolerância  (Guila Azevedo)




O que me leva crer ser a celebração natalina algo conhecido e compreendido por todos(as)?
O que me leva crer ser normal os conflitos em Jerusalém?
Lembranças de infância que me levam crer em sonhos por um mundo melhor.




terça-feira, 28 de junho de 2011

De perto, ninguém é normal...

A metamorfose do Lívio      (Liana Leão)

A dor do anonimato e da solidão acompanha Lívio diariamente na escola, mas uma situação de total desprezo dos seus colegas leva a uma grande metamorfose da turma, não só fisicamente mas nos conceitos relacionados a respeito e dignidade humana.


segunda-feira, 27 de junho de 2011

De perto, ninguém é normal...


O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá: uma história de amor
Quanta amargura, quanto rancor
Quantas descobertas, quanto temor
Quantos preconceitos, quanta dor
Quantas diferenças, quanto amor!!!

"O mundo só vai prestar
Para nele se viver
No dia em que a gente ver
Um gato maltês casar
Com uma alegre andorinha
Saindo os dois a voar
O noivo e sua noivinha
Dom Gato e dona Andorinha."

(Trova e filosofia de Estevão da Escuna-
Livro "O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá: uma história de amor" - Jorge Amado)