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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Livro - A travessia - Os espinhos das rosas



    Sabe todo aquele papo de que rosas têm espinhos, e a comparação de que os espinhos são os defeitos das pessoas, são as dificuldades que enfrenta-se pela vida, como diz nos versos que todos nós conhecemos, como estes aqui: 

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinhos, 

Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!


Não se pode colher rosas sem temer os espinhos.

“Qualquer um pode amar uma rosa, mas é preciso um grande coração para incluir os espinhos.”

Quem quer colher rosas deve suportar os espinhos.

      Então, nunca gostei muito destas frases, não conseguia aceitar tal comparação, de que somos rosas e que temos defeitos, ou que passamos por dificuldades que são nossos espinhos. Para mim, tinha uma explicação melhor para os espinhos, só não sabia qual era.
       Hoje lendo o livro "A travessia" de Willian P. Young, autor de "A cabana", eu encontrei a explicação que procurava, é isso aí, existe outro sentido para os espinhos das rosas, e eu amei essa explicação, então lá vai:

- Rosas tem espinhos.
- Não entendo. Porque rosas têm espinhos?
- Para que você as manuseie com cuidado e carinho.
             (p. 172 - A travessia, Willian P. Young) 



      Viram só, rosas tem espinhos para se protejer, simples assim, já não dizia o princípio da Navalha de Occam: "Se em tudo o mais forem idênticas as várias explicações de um fenômeno  a mais simples é a melhor". 


      Por isso rosas tem espinhos gente, para que se tome cuidado ao manusear uma linda flor. Os espinhos são sua proteção.
      Quando você ouvir a comparação de que uma pessoa é uma rosa e que junto carrega defeitos - os espinhos - não acredite nisso. Estes espinhos são as proteções que brotam do nosso corpo, agimos de tal forma para nos proteger de coisas, de pessoas, de situações que querem nos agarrar e nos despetalar tirando nossas lindas cores e perfumes.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Livro - O Diário de Suzana para Nicolas


  "O Diário de Suzana para Nicolas", é uma leitura leve e rápida, um daqueles romances que de vez em quando precisamos ler para derramar umas lágrimas durante a leitura, para sonhar com um amor igual ao do livro e para ficarmos felizes por estarmos vivos.

   

       O livro conta paralelamente a história de duas mulheres, uma que escreveu o diário, e a outra que lê o diário que foi escrito por Suzana para seu filho Nicolas. Katie recebe o diário em sua casa, para ao ler entender o que havia acontecido na vida de Matt, que foi casado com Suzana e é o pai de Nicolas. Ao terminar de ler o diário, Katie entende o que Matt estava sentindo e porque havia terminado o namoro com ela. A história é muito triste mas ao mesmo tempo linda e leve.


 O autor, James Petterson já escreveu mais de 70 títulos, geralmente romances de suspense, os quais são muito famosos no mundo todo e que giram em torno do personagem Alex Cross.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Os olhos amarelos dos crocodilos - Katherine Pancol

     Existem livros que nos tocam, e existem livros que nós queremos que nos toque.
"Os olhos amarelos dos crocodilos", foi um dos livros que li, e que fiquei o tempo todo esperando que o livro "me tocasse", mas esperei demais dele. A ideia da história foi super bacana, e a escrita é boa, mas o rumo que os personagens tomam não tem nada de interessante.
      Esperava ler algo mais feminista, mais profundo, com questões maiores para reflexão, enfim, um livro mais pé no chão, mais real.
      A personagem principal passa muito tempo tentando se auto-destruir, com sua baixa auto-estima enquanto é pobre, e só melhora depois que consegue ganhar dinheiro, e quem é rica se "acha a última bolacha do pacote" o tempo todo, e no entanto é infeliz. É um contraste um pouco exagerado, na minha opinião, sobre a riqueza, a pobreza e a auto-confiança.
      Mas como em todo livro sempre tiramos um aprendizado, neste o que mais marca é que com determinação, suor e muito estudo, podemos trilhar uma vida de sucesso.

Obs: Nem vou comentar sobre a amiga pobre que na verdade é uma princesa ilegítima da Inglaterra (desculpa revelar o final), mas isso é tão irreal, que da forma escrita no livro, Bela e Edward soam mais convincentes. 





terça-feira, 25 de setembro de 2012

O mundo - Juan José Millás

    
O livro de Juan José Millás "O mundo", é uma autobiografia misturada a imaginação de um menino que viveu uma dura infância. Nele se confundem o que realmente aconteceu, com a imaginação do autor ao escrever o romance, que era para ser somente uma reportagem dele mesmo, 
 "de modo que comecei a me seguir para estudar meus hábitos. Nesses devaneios, um dia me disse: 'Meu pai tinha uma oficina de aparelhos de eletromedicina'. Então me apareceu a oficina, comigo e com meu pai dentro. Ele estava testando um bisturi elétrico sobre um pedaço de carne de vaca. Subitamente, me disse: 'Olha Juanjo, cauteriza a ferida no mesmo momento em que a produz'. Compreendi que a escrita, como o bisturi de meu pai, cicatrizavam as feridas no mesmo instante em que se abria e intuí por que era escritor. Não fui capaz de fazer a reportagem: acabava de ser atropelado por um romance."

     O livro conta a história de um menino pobre, com um monte de irmãos, que sofreu as dores da perda, da morte, do amor, das surras, da tristeza, da pobreza, do frio, da solidão, da decepção, enfim... Sobreviveu porque tinha imaginação, e a usava para fugir da vida real.
     "Depois de comer, entrava no vão da escada, que tinha também algo de nicho. Muitas vezes, o trânsito do sono à vigília era tão insensível como a passagem do estado sólido ao líquido no gelo. Teria a água memória do gelo? Guardava eu memória dos sonhos? Talvez não, porque ao despertar continuava neles."


     Teve um amigo, e juntos descobriram um pouco do colorido que possa talvez existir no mundo, "Lembro que passou a nosso lado um cachorro que observei como se se tratasse do primeiro cachorro da Criação. Nunca um animal dessa espécie havia reclamado minha atenção daquele modo. Ao parar para mijar, levantando a pata, nos observou assombrado da mesma forma que nós, que o observávamos. Quero dizer que se tratava de um assombro de ida e volta, um assombro que compartilhávamos com a normalidade com que compartilhávamos a rua, como se o cachorro e nós fôssemos extensões da mesma substância. O Vitaminas e eu nos olhamos e começamos a rir, mas seu riso e o meu eram também os mesmos. Tratava-se de um riso colocado no mundo para ser compartilhado."

     Viveu uma paixão de menino, um amor que nunca esqueceu. 
"Então compreendi de súbito que nos apaixonamos pelo habitante secreto da pessoa amada, que a pessoa amada é o veículo de outras presenças das quais ela nem sequer é consciente. Por quem teria que estar eu habitado para despertar o desejo de Maria José?"
     

O romance é maravilhoso, não perca a oportunidade de lê-lo de viver tamanha dor, pois "Às vezes, nos romances se infiltram fragmentos de realidade que deixam manchas de umidade, como uma goteira na parede de um quarto", e sentir tudo isso ao ler faz com que pensemos e recordemos a nossa própria infância, o nosso próprio amadurecer, e talvez percebamos que fomos feliz demais.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Fome.... de livros (Jostein Gaarder)



"De repente senti muita fome. Não de comidas, mas de todas as palavras escondidas naquelas estantes."

(A biblioteca mágica de Bibbi Bokken - Jostein Gaarder, p.148)


       É assim que me sinto toda vez que paro em frente as estantes para escolher o livro que vou ler, é uma fome, uma vontade de poder já ter devorado todos os exemplares, uma angústia por saber que nunca conseguirei ler todos, por mais que um livro possa ser sem graça, sem sal, ou fraco demais. Mesmo assim eu queria poder lê-lo, pois só saberei ter essa opinião sobre o livro se prová-lo, não é isso que nossas mães sempre falam desde cedo quando fazíamos "cara torta" para a comida? "- Prova, é gostoso! Você nem experimentou pra saber que não é bom!!!!"
      Fiquei muito feliz por ter provado mais um livro do Jostein Gaarder. Seus livros são assim, nos deixam feliz. Não sei se é por causa de todos os questionamentos que eles fazem, se é pela maravilha da imaginação dele, que nunca tem limite, se é a paixão pelos livros que está estampada nas palavras dele... Enfim, são fascinantes, são gostosos, tem sal (ou açúcar, se preferir)!



terça-feira, 20 de março de 2012

Coisas da vida

O Salva-vidas
"...
Piegas ou não, forçado ou não, eu acho mesmo que os livros nos "salvam", de alguma maneira. Salvam a gente de levar uma vida besta, doutrinada pela TV. Salvam a gente de ficar olhando só pra fora, só para o que acontece na vida dos outros, sem nos dedicar a alguns momentos de introspecção. Salvam a gente de ser preconceituoso. Salvam a gente do desconhecimento, do embrutecimento, do mau-humor, da solidão, salvam a gente de escrever errado. Se existe salvador da pátria, não conheço outro.
..."
livro:Coisas da vida pg.129,  Martha Medeiros

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

"- Por onde quer que eu começe?
- Você é o narrador. Só peço que me diga a verdade.
- Não sei a verdade.
A verdade é a que dói."




(O jogo do anjo - Carlos Ruiz Zafón)



sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Um livro ...



"Não é estranho como um livro fica mais grosso depois de ser lido várias vezes? Como se a cada vez, ficasse algo grudado nas páginas. Sensações, ruídos, cheiros... E então, quando folheia novamente o livro, depois de muitos anos, você encontra a si mesmo ali, um pouco mais novo, um pouco diferente, como se o livro tivesse guardado você, como uma flor prensada. Estranha e familiar ao mesmo tempo."


Sangue de Tinta - Cornelia Funke



quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Quem me roubou de mim?

                                                Vir a ser
Eu procuro por mim.
Eu procuro por tudo o que é meu
e que em mim se esconde.
Eu procuro por um saber
que ainda não sei,
mas que de alguma forma já sabe em mim.
Eu sou assim...
Processo constante de vir a ser
são verbos que se conjugam
sob áurea de um mistério fascinante.
Eu me recebo de Deus e a Ele me devolvo.
Movimento que não termina
porque terminar é o mesmo que deixar de ser.
Eu sou o que sou na medida em que
me permito ser.
E quando não sou é porque o ser eu
não soube escolher.
“Quem me roubou de mim? – Fábio de Melo”


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Coisas da vida


Arroz, feijão, bife, ovo. Isso nós temos no prato, é a fonte de energia que nos faz levantar de manhã e sair para trabalhar. Nossa meta primeira é a sobrevivência do corpo. Mas como anda a dieta da alma?


Outro dia, no meio da tarde, senti uma fome me revirando por dentro. Uma fome que me deixou melancólica. Me dei conta de que estava indo pouco ao cinema, conversando pouco com as pessoas, e senti uma abstinência de viajar que me deixou até meio tonta. Minha geladeira, afortunadamente, está cheia, e ando até um pouco acima do meu peso ideal, mas me senti desnutrida. Você já se sentiu assim também, precisando se alimentar?

Livro: Coisas da Vida pg.117 - Martha Medeiros

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O que é amor?



“Passei a ocupar meus dias pensando sobre o que, afinal, é isso que todo mundo enche a boca para chamar de amor, como se fosse algo simplificado: defina em meia dúzia de frases, é fácil querida.
É fácil? Pois a querida não entende como uma palavrinha tão simples formada por apenas duas vogais e duas consoantes pode absorver um universo de sensações contraditórias, diabólicas, insensatas, incandescentes e intraduzíveis. O que é amor? Já tentei explicar a mim mesma e, por mais que tente, jamais conseguirei atingir e essência dessa anarquia que dispensa palavras.”
Fora de mim - pg 124 - Martha Medeiros 

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

De perto, ninguém é normal...


...eu pensava que o mundo fosse dividido em tribos...em pretos e brancos. Em índios e brancos. Mas agora sei que não é assim. O mundo só é dividido em duas tribos: a de pessoas que são babacas e das que não são.

(Diário absolutamente verdadeiro de um índio de meio expediente - pg 236 - Sherman Alexie)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

De perto ninguém é normal

  
      Quer conhecer um pouquinho da vida de um adolescente argentino?
      Ele não é muito diferente do restante do mundo!
      - Conflitos no colégio;
      - Amor não correspondido;
      - Perseguição pela professora de matemática;
      - Convívio com a solidão e a esperança;
      - Poesias ocultas.
      O que o difere talvez seja sua forma amorosa de cuidar de seus dois irmãos;
      - A tentativa de compreensão de conceitos feministas declarados por sua mãe;
      - A utilização de palavras e expressões sábias e divertidas;
      - Seu espanto ao saber que existem sim filhos que são espancados pelos pais, e repensar seu relacionamento familiar;
      - Sensibilizar-se com a beleza do filme 'Casablanca' (confesso que fiquei curiosa para assistir em preto e branco);
      - Possuir um amigo multifacetário.
      Muitas outras coisas mais pode-se descobrir de um adolescente de 13 anos, de sexualidade galopante que possui um meio sorriso que faz uma covinha na bochecha direita.
       Mas desconfiem se é só isso que encontraram no livro. Sei o que estou dizendo! rs,rs,rs,rs

(Resenha do livro "Nunca serei um super herói - Antonio Santa Ana)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Alguns...



Alguns livros devem ser degustados.
Outros são devorados.
Apenas poucos são mastigados.
E digeridos totalmente.

(Coração de Tinta - Cornelia Funke)


terça-feira, 16 de agosto de 2011

O caso do burro




"...Foi o caso que uma carroça estava parada, ao pé da Travessa de São Francisco, sem deixar passar um carro, e o carroceiro dava muita pancada no burro da carroça. Vulgar embora, este espetáculo fez parar o nosso Aires, não menos condoído do asno que do homem. A força despendida por este era grande, porque o asno ruminava se devia ou não sair do lugar; mas, não obstante esta superioridade, apanhava que era o Diabo. Já havia algumas pessoas paradas, mirando. Cinco ou seis minutos durou esta situação; finalmente o burro preferiu a marcha à pancada, tirou a carroça do lugar e foi andando.

Nos olhos redondos do animal viu Aires uma expressão profunda de ironia e paciência. Pareceu-lhe o gesto largo de espírito invencível. Depois leu neles este monólogo: "Anda, patrão, atulha a carroça de carga para ganhar o capim de que me alimentas. Vive de pé no chão para comprar as minhas ferraduras. Nem por isso me impedirás que te chame um nome feio, mas eu não te chamo nada; ficas sendo sempre o meu querido patrão. Enquanto te esfalfas em ganhar a vida, eu vou pensando que o teu domínio não vale muito, uma vez que me não tiras a liberdade de teimar...”

— Vê-se, quase que se lhe ouve a reflexão, notou Aires consigo.

Depois riu de si para si, e foi andando. Inventara tanta coisa no serviço diplomático, que talvez inventasse o monólogo do burro. Assim foi; não lhe leu nada nos olhos, a não ser a ironia e a paciência, mas não se pôde ter que lhes não desse uma forma de palavra, com as suas regras de sintaxe. A própria ironia estava acaso na retina dele. O olho do homem serve de fotografia ao invisível, como o ouvido serve de eco ao silêncio. Tudo é que o dono tenha um lampejo de imaginação para ajudar a memória a esquecer Caracas e Cármen, os seus beijos e experiência política."

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Doidas e Santas


Até hoje pergunta-se: para que serve a arte, para que serve a poesia?
Intelectuais se aprumam, pigarreiam e começam a responder dizendo "Veja bem..." e daí em diante é um blablablá teórico que tenta explicar o inexplicável.
Poesia serve exatamente para a mesma coisa que serve uma vaca no meio da calçada de uma agitada metrópole. Para alterar o curso do seu andar, para interromper um hábito, para evitar repetições, para provocar um estranhamento, para alegrar o seu dia, para fazê-lo pensar, para resgatá-lo do inferno que é viver todo santo dia sem nenhum assombro, sem nenhum encantamento.


(Martha Medeiros - Doidas e Santas, p.10)



terça-feira, 9 de agosto de 2011

Memória...




As vezes é bastante prático que a nossa memória não funcione tão bem quanto a dos livros. Se bem que sem eles não saberiamos de praticamente mais nada. Tudo seria esquecido.


(Coração de Tinta - Cornelia Funke)




sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Livros...



                                         Quando você abre um livro, 
                                         é como num teatro: ali está a cortina. 
                                         Você a arrasta para o lado, e a apresentação começa. 


                                                                         (Coração de Tinta - Cornelia Funke)



quinta-feira, 4 de agosto de 2011

E como dói...




"- Sabe o que é bom nos corações partidos? - perguntou a bibliotecária. Neguei.

- É que só podem se partir de verdade uma vez. O resto são apenas arranhões."


(O jogo do anjo - Carlos Ruiz Zafón)