quinta-feira, 28 de junho de 2012

Duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz

Sabe aquele poema que depois de lido, faz crescer uma vontade enorme de escrever também? 
Então, acabei de ler um assim, onde o autor escreve algumas coisas que o deixam feliz, e claro que nesta lista está faltando muitos itens, por isso quem quiser continuar escrevendo outras "coisinhas à toa que deixam a gente feliz", fique a vontade!



Passarinho na janela, pijama de flanela, brigadeiro de panela.
Gato andando no telhado, cheirinho de mato molhado, disco antigo sem chiado. 
Pão quentinho de manhã, dropes de hortelã, grito do Tarzan.
Tirar a sorte no osso, jogar pedrinha no poço, um cachecol no pescoço.
Papagaio que conversa, pisar em tapete persa, eu te amo e vice-versa.
Vaga-lume aceso na mão, dias quentes de verão, descer pelo corrimão.
Almoço de domingo, revoada de flamingo, herói que fuma cachimbo.
Anãozinho de jardim, lacinho de cetim, terminar o livro assim.
Otávio Roth



segunda-feira, 18 de junho de 2012

Chuva...


Adoro os dias de chuva. Desde criança. Sempre me pareceu uma imbecilidade as pessoas falarem de “mau tempo” quando chove. Mau tempo por quê?...sinto que a chuva tem má fama imerecida. O sol... não sei. Com o sol, tudo parece fácil demais... O sol tem propaganda demais, acho. E por isso que me irrita que ele se intrometa nos dias de chuva. Como se o maldito simplesmente não tolerasse que, de vez em quando, quem não o venera como idólatra possa desfrutar de um dia completo...
Livro: O segredo dos seus olhos, Eduardo Sacheri, p.45

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Eu comigo - Helena Kolody

 

 Eu comigo
 Muito briguei comigo,
 tive raiva,
 me insultei.
 E, de incontido desgosto,
 em meu próprio ombro chorei.

 Helena Kolody

Helena tem publicado doze livros de poesia e doze antologias ou coleções, além de um número significativo de poemas em jornais e revistas. A Poeta vem recebendo destaque junto à crítica paranaense e brasileira por sua constante produção poética. 

Segundo Wilson Martins, Helena Kolody vive o paradoxo de ser, enquanto poeta, uma "figura exponencial das letras paranaense", sem ter gravado o seu nome e sua obra no quadro mais amplo da literatura brasileira. Ela é, com certeza, "poeta do Paraná não apenas pela naturalidade regional, mas também por haver acrescentado a voz do imigrante à temática da poesia brasileira" (1995: 52).

Para ela, o amor ficou sendo só um sentimento, um sonho, e Helena Kolody soube muito bem transformar esses sentimentos em palavras melodiosas, o que levou alguns poemas seus a serem musicados. São versos carregados de um lirismo puro, que embalam reminiscências de amores de outrora (até mesmo a própria palavra tornou-se antiga) quando não era vergonhosa a expressão verdadeira dos sentimentos, como vemos no poema Cântico de 1941:

 A luz do teu olhar é a estrela solitária 
Da noite deste amor, que é feito de silêncio.

domingo, 10 de junho de 2012

Quando leio um livro...



 "Quando leio um livro de que gosto, parece que o que estou lendo faz meus pensamentos saírem voando do livro. De certa forma, o livro não é feito apenas pelas palavras ou pelas figuras que estão no papel, mas também por tudo o que invento quando leio."

(A biblioteca mágica de Bibbi Bokken - Jostein Gaarder, p.32) 





Esta frase resume exatamente o que sinto ao ler este livro, Jostein Gaarder escreve de forma maravilhosa. Todos os seus livros são cheios de histórias fantásticas e de muita imaginação, assim como "O mundo de Sofia" e o "O dia do curinga", "A biblioteca mágica de Bibbi Bokken" me encantou.