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quinta-feira, 13 de novembro de 2014
terça-feira, 25 de setembro de 2012
A uma esposa
A represar palavras
Irrecuperáveis.
Hoje o tens ao teu alcance.
Na ira que te arrebata,
Pode o látego da língua
Fustigar-lhe o coração.
Magoou-te...Mas quem sabe
Em que espinhos de amargura,
De fadiga e desencanto
Su' alma se machucou?
Hoje o tens ao teu alcance.
Mas a morte insidiosa
Talvez o leve amanhã.
Tentarás apagar o que dizes agora
Na água viva do pranto.
Em vão, o teu carinho acordará, tão tarde!
As palavras resvalam no muro da morte
E caem do lado de cá.
Helena Kolody - Sinfonia da vida, p.63
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
domingo, 23 de setembro de 2012
Sombra no muro
Persigo um pássaro
e alcanço, apenas,
no muro,
a sombra de um voo.
Helena Kolody - Sinfonia da vida, p.66
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Rio de planície
Minha vida é um largo rio de águas mansas
- Vida sem ilusões nem esperanças -
De curso sempre igual.
Rio sem a imponência das cachoeiras,
Sem o encanto verde das ilhas,
Nem o ímpeto rumoroso das corredeiras.
- Sem grandes alegrias nem profundas mágoas -
Rio de planície ignorada; rio, cujas águas
Passarão sem deixar memória
De sua silenciosa trajetória.
Helena Kolody - Sinfonia da vida, p.28
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz
Sabe aquele poema que depois de lido, faz crescer uma vontade enorme de escrever também?
Então, acabei de ler um assim, onde o autor escreve algumas coisas que o deixam feliz, e claro que nesta lista está faltando muitos itens, por isso quem quiser continuar escrevendo outras "coisinhas à toa que deixam a gente feliz", fique a vontade!
Passarinho na janela, pijama de flanela, brigadeiro de panela.
Gato andando no telhado, cheirinho de mato molhado, disco antigo sem chiado.
Pão quentinho de manhã, dropes de hortelã, grito do Tarzan.
Tirar a sorte no osso, jogar pedrinha no poço, um cachecol no pescoço.
Papagaio que conversa, pisar em tapete persa, eu te amo e vice-versa.
Vaga-lume aceso na mão, dias quentes de verão, descer pelo corrimão.
Almoço de domingo, revoada de flamingo, herói que fuma cachimbo.
Anãozinho de jardim, lacinho de cetim, terminar o livro assim.
Então, acabei de ler um assim, onde o autor escreve algumas coisas que o deixam feliz, e claro que nesta lista está faltando muitos itens, por isso quem quiser continuar escrevendo outras "coisinhas à toa que deixam a gente feliz", fique a vontade!
Passarinho na janela, pijama de flanela, brigadeiro de panela.
Gato andando no telhado, cheirinho de mato molhado, disco antigo sem chiado.
Pão quentinho de manhã, dropes de hortelã, grito do Tarzan.
Tirar a sorte no osso, jogar pedrinha no poço, um cachecol no pescoço.
Papagaio que conversa, pisar em tapete persa, eu te amo e vice-versa.
Vaga-lume aceso na mão, dias quentes de verão, descer pelo corrimão.
Almoço de domingo, revoada de flamingo, herói que fuma cachimbo.
Anãozinho de jardim, lacinho de cetim, terminar o livro assim.
Otávio Roth
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Eu comigo - Helena Kolody
tive raiva,
me insultei.
E, de incontido desgosto,
em meu próprio ombro chorei.
Helena tem publicado doze livros de poesia e doze antologias ou coleções, além de um número significativo de poemas em jornais e revistas. A Poeta vem recebendo destaque junto à crítica paranaense e brasileira por sua constante produção poética.
Segundo Wilson Martins, Helena Kolody vive o paradoxo de ser, enquanto poeta, uma "figura exponencial das letras paranaense", sem ter gravado o seu nome e sua obra no quadro mais amplo da literatura brasileira. Ela é, com certeza, "poeta do Paraná não apenas pela naturalidade regional, mas também por haver acrescentado a voz do imigrante à temática da poesia brasileira" (1995: 52).
Para ela, o amor ficou
sendo só um sentimento, um sonho, e Helena Kolody soube muito bem transformar
esses sentimentos em palavras melodiosas, o que levou alguns poemas seus a
serem musicados. São versos carregados de um lirismo puro, que embalam
reminiscências de amores de outrora (até mesmo a própria palavra tornou-se
antiga) quando não era vergonhosa a expressão verdadeira dos sentimentos, como
vemos no poema Cântico de 1941:
A luz do teu olhar é a estrela solitária
Da
noite deste amor, que é feito de silêncio.
terça-feira, 22 de maio de 2012
Globalização ou Alienação?
Globalização ou Alienação?
Vivemos todos
debaixo do mesmo céu,
Mas o que isso
significa?
Temos todos os
mesmo ideais?
Não, não somos
robôs.
Nações
diferentes, histórias diferentes
Mas todos
baseados nas mesmas mentes.
Alienados pela
televisão,
Possuídos pela
propaganda.
Isso é mesmo
globalização?
Autenticidade,
que significado isso tem?
Ideias
compartilhadas, ideias de ninguém.
A criatividade
que poucos possuem,
Um bem que poucos
têm.
Um mundo tão
perverso,
Genial e
perigoso.
Não deveria ser
esse lugar
Acolhedor e
maravilhoso?
Mentes crueis no
auge do poder.
Algo tão
perceptível,
Que só os bons
conseguem ver.
Como é sentir
nada?
Sentimentos
copiados de uma página da internet
Sentimentos
inspirados em alguém desconhecido.
Estranhos hoje em
dia,
Te interpretam
bem melhor
Que até mesmo seu
melhor amigo.
E no final, quem
somos nós?
Cópias
modificadas do que a imprensa nos impõe?
Talvez sim,
talvez não.
O que somos nós
então?
Autenticidade,
criatividade.
Sim, todos têm
essa capacidade.
Mas o que nos
impede de expor?
Vergonha, receio,
Tão presentes em
nosso meio.
Sejamos maiores
do que somos;
Sejamos tudo que
podemos ser;
Sejamos nossa
própria inspiração;
Sejamos o melhor
de nós,
Seguindo nosso
próprio coração.
Emanuela Nicaretta Borsoi, Joseane Martins de Oliveira,
Débora Regina Piva, Eduarda Fabiane.
9º ano A - Colégio Estadual de Dois Vizinhos
segunda-feira, 21 de maio de 2012
O menino Azul
O Menino Azul
(Cecília Meireles)
O menino quer um burrinho para passear.
Um burrinho manso,
que não corra nem pule,
mas que saiba conversar.
O menino quer um burrinho
que saiba dizer
o nome dos rios,
das montanhas, das flores,
de tudo o que aparecer.
O menino quer um burrinho
que saiba inventar histórias bonitas
com pessoas e bichos
e com barquinhos no mar.
E os dois sairão pelo mundo
que é como um jardim
apenas mais largo
e talvez mais comprido
e que não tenha fim.
(Quem souber de um burrinho desses,
pode escrever
para a Ruas das Casas,
Número das Portas,
ao Menino Azul que não sabe ler.)
Declamada por Regina L. Girardi e Emanuely P.
Vieira
domingo, 20 de maio de 2012
Manhãs de primavera
Manhãs de primavera
(Aluna Bruna Becchi Borçatto - 8º A)
Nas manhãs de
primavera,
o vento vem soprando,
o sábia cantando,
a flor desabrochando.
O vento vem trazendo,
uma brisa suave e
diferente,
que vai contagiando
qualquer tipo de mente.
O sabiá vem cantando,
uma melodia que zoa,
para lá e para cá,
vai do pé de
laranjeira,
ao jequitibá.
A flor desabrocha
pétalas coloridas,
que deixam mais bonitas
todas as nossas vidas.
Exala um perfume de
frescor,
que vem trazendo
paz e muito amor.
E assim vai passando,
as manhãs continuam
alegrando os dias.
Vem trazendo consigo
belezas naturais,
que transformam tudo e
todos
em coisas especiais.
Enfim, a noite vem
chegando,
o sol vai entrando
por trás das montanhas
de terra,
levando consigo
as manhãs de primavera.
sábado, 19 de maio de 2012
Retrato social
RETRATO SOCIAL
(Aluna Paula Cristina Maziero - 2A)
A nossa sociedade
De tudo é mesclado
Tem sucesso e fracasso
Pra ninguém ficar parado.
Os mais ricos são a minoria
Que do capital se apossaram
Os mais pobres são a maioria
Que nos problemas se afundaram.
A classe dominante
Bebe champagne importado
O pobre trabalhador
Na casa não tem telhado.
Os políticos eleitos,
Seria tudo de bom,
Se fizessem as coisas certas
Em favor da nação.
Os impostos que pagamos
Se no social fosse revertido
Eliminaria os problemas
E o povo não se sentia esquecido.
Investir em educação
É ter qualidade de vida
Evita outros problemas
E não é verba perdida.
Ainda se elegem
Pra ter fórum previlegiado
E se fazem de leitão
Pra poder mamar deitado.
O ladrão que rouba pouco
Vai logo para o cadeião
Os que roubam bastante
Ficam livres na nação.
Os alunos que não estudam
Pros governantes fazem obséquio
Aprendem a dizer amém
Como vaquinha de presépio.
Na faculdade tem estudantes
Que só querem curtição
Fingem que aprendem
E exigem aprovação.
Ter água tratada
E rede de esgoto
Seria pra todos
E não só pra doutros.
Saúde de qualidade
Todos poderiam ter
Com os impostos arrecadados
Basta os governantes querer.
Os problemas sociais
Não param por aqui
Olhando do outro lado
Aparecem logo ali.
(Aluna Paula Cristina Maziero - 2A)
A nossa sociedade
De tudo é mesclado
Tem sucesso e fracasso
Pra ninguém ficar parado.
Os mais ricos são a minoria
Que do capital se apossaram
Os mais pobres são a maioria
Que nos problemas se afundaram.
A classe dominante
Bebe champagne importado
O pobre trabalhador
Na casa não tem telhado.
Os políticos eleitos,
Seria tudo de bom,
Se fizessem as coisas certas
Em favor da nação.
Os impostos que pagamos
Se no social fosse revertido
Eliminaria os problemas
E o povo não se sentia esquecido.
Investir em educação
É ter qualidade de vida
Evita outros problemas
E não é verba perdida.
Ainda se elegem
Pra ter fórum previlegiado
E se fazem de leitão
Pra poder mamar deitado.
O ladrão que rouba pouco
Vai logo para o cadeião
Os que roubam bastante
Ficam livres na nação.
Os alunos que não estudam
Pros governantes fazem obséquio
Aprendem a dizer amém
Como vaquinha de presépio.
Na faculdade tem estudantes
Que só querem curtição
Fingem que aprendem
E exigem aprovação.
Ter água tratada
E rede de esgoto
Seria pra todos
E não só pra doutros.
Saúde de qualidade
Todos poderiam ter
Com os impostos arrecadados
Basta os governantes querer.
Os problemas sociais
Não param por aqui
Olhando do outro lado
Aparecem logo ali.
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Menina dos olhos azuis
MENINA DOS OLHOS AZUIS
(Eduardo Junior de Oliveira da Silva - 2A)
Ó menina com os olhos que tem,
Se disseres - Me dê um beijo
Eu lhe digo Amém.
Olhos puros como o mar.
O rosado do pôr-do-sol
és a maquiagem do teu olhar.
Eu hoje fugi de casa
A duvidar, triste...com muita dor.
Ao mesmo tempo estou contente
Pois sem delongas....e de repente...
Saio atrás de meu amor.
Não corro! Ando ligeiro!
Eu sou um triste passageiro,
Em um longo corredor.
Mas como um gato sorrateiro,
Sinto! Afogo-me sempre neste temor.
Mas sempre rumo aos teus braços
Entre beijos e amassos,
Já estou a imaginar.
Aos poucos vou despertando
E meu sonho acaba aqui
Com meu celular gritando
São seis horas, acorde aí!
E meu sonho se repete
A mais de uma semana
Pode ser ironia do destino
Afinal....ele tem sido tão sacana.
Mas pode ser até um sinal
Que existe alguém que me ama.
(Eduardo Junior de Oliveira da Silva - 2A)
Ó menina com os olhos que tem,
Se disseres - Me dê um beijo
Eu lhe digo Amém.
Olhos puros como o mar.
O rosado do pôr-do-sol
és a maquiagem do teu olhar.
Eu hoje fugi de casa
A duvidar, triste...com muita dor.
Ao mesmo tempo estou contente
Pois sem delongas....e de repente...
Saio atrás de meu amor.
Não corro! Ando ligeiro!
Eu sou um triste passageiro,
Em um longo corredor.
Mas como um gato sorrateiro,
Sinto! Afogo-me sempre neste temor.
Mas sempre rumo aos teus braços
Entre beijos e amassos,
Já estou a imaginar.
Aos poucos vou despertando
E meu sonho acaba aqui
Com meu celular gritando
São seis horas, acorde aí!
E meu sonho se repete
A mais de uma semana
Pode ser ironia do destino
Afinal....ele tem sido tão sacana.
Mas pode ser até um sinal
Que existe alguém que me ama.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Adolescente
ADOLESCENTE
(Aluna Ana Luiza Spiassi Sampaio)
Dizem que não sou adulto,
Dizem que não sou criança.
Sou ser mutante então?
Paranormal?
Que coisa estranha!
Transformações ao extremo,
Intensas e radicais.
Espécies de efeitos colaterais.
Uma hora estou feliz,
Outra, a infelicidade me acomoda,
O humor flutua em segundos
Da calma a agressividade,
e logo a depressão.
Sim, tenho opinião indigente
Sou o alienado do século
Que se julga eficaz
Só pensei, talvez eu seja sintético e frágil demais.
Anorexia, bulimia
Anabolizantes, drogas
O desejo pela perfeição.
E o mundo, aos poucos,
Chega ao chão.
Tempo de responsabilidades,
Fortalecimento,
Tédio e desespero.
Estranhos pensamentos
Estranhos comportamentos.
Eternas confusões.
Ódio aos pais,
Sonhos coloridos,
E ídolos a mais.
Olhares atrevidos.
Porém, é nesta face da vida
Que temos uma etapa decisiva
Onde iremos nos descobrir
E escolher nosso caminho.
Querer mudar o mundo
A paz e a união.
Idas e vindas, jovem coração
A florir da paixão!
Apesar de muitos amigos,
rios de solidão
Sofrimentos que fazem crescer,
De que deixaste os erros de criança
E agora tens responsabilidades...
Um ser apaixonado,
Em busca de conquistas,
Em busca da liberdade
E independência.
É são longos anos de confusão.
Ser adolescente é ser feliz.
É fazer escolhas certas e erradas
É ser motivado a viver!
É rir e aproveitar cada momento,
Cada segundo,
É ser alguém um tanto quanto indescritível.
Tanta pressão, quanta confusão,
Cobranças, agora não!
Calma, calma gente!
Vamos dar tempo ao tempo,
Afinal, eu ainda sou um adolescente.
Poesia declamada por Gabriela Tedesco Romani
(Aluna Ana Luiza Spiassi Sampaio)
Dizem que não sou adulto,
Dizem que não sou criança.
Sou ser mutante então?
Paranormal?
Que coisa estranha!
Transformações ao extremo,
Intensas e radicais.
Espécies de efeitos colaterais.
Uma hora estou feliz,
Outra, a infelicidade me acomoda,
O humor flutua em segundos
Da calma a agressividade,
e logo a depressão.
Sim, tenho opinião indigente
Sou o alienado do século
Que se julga eficaz
Só pensei, talvez eu seja sintético e frágil demais.
Anorexia, bulimia
Anabolizantes, drogas
O desejo pela perfeição.
E o mundo, aos poucos,
Chega ao chão.
Tempo de responsabilidades,
Fortalecimento,
Tédio e desespero.
Estranhos pensamentos
Estranhos comportamentos.
Eternas confusões.
Ódio aos pais,
Sonhos coloridos,
E ídolos a mais.
Olhares atrevidos.
Porém, é nesta face da vida
Que temos uma etapa decisiva
Onde iremos nos descobrir
E escolher nosso caminho.
Querer mudar o mundo
A paz e a união.
Idas e vindas, jovem coração
A florir da paixão!
Apesar de muitos amigos,
rios de solidão
Sofrimentos que fazem crescer,
De que deixaste os erros de criança
E agora tens responsabilidades...
Um ser apaixonado,
Em busca de conquistas,
Em busca da liberdade
E independência.
É são longos anos de confusão.
Ser adolescente é ser feliz.
É fazer escolhas certas e erradas
É ser motivado a viver!
É rir e aproveitar cada momento,
Cada segundo,
É ser alguém um tanto quanto indescritível.
Tanta pressão, quanta confusão,
Cobranças, agora não!
Calma, calma gente!
Vamos dar tempo ao tempo,
Afinal, eu ainda sou um adolescente.
Poesia declamada por Gabriela Tedesco Romani
Gabriela e Ana Luiza
quarta-feira, 2 de maio de 2012
sexta-feira, 16 de março de 2012
Voz da noite
O sol se apaga.
De mansinho,
a sombra cresce.
A voz da noite
diz, baixinho:
esquece...esquece...
Helena Kolody - Sinfonia da vida, p.27
quarta-feira, 14 de março de 2012
Dia da poesia - 14 de março
Não sei se a poesia é uma oração, um desabafo ou uma canção.
Só sei que ao ouvir ou ler uma poesia, todo o meu ser se inunda de um sentimento tão bom, que ela me enche de sonho, de esperança e ilusão.
Por isso gosto de compará-la a um desabafo, mas quando penso melhor, acho que ela é uma canção, mas lá no fundo sempre acreditei que fosse sim, uma oração.
Ah! Isso não importa.
O que importa é que hoje é o Dia da Poesia, e isso quer dizer que estou mais inspirada ainda em ler poesias, por isso vou compartilhar algumas com vocês:
Algumas poesias de poetisas maravilhosas. Tão maravilhosas quanto suas poesias.
Só sei que ao ouvir ou ler uma poesia, todo o meu ser se inunda de um sentimento tão bom, que ela me enche de sonho, de esperança e ilusão.
Por isso gosto de compará-la a um desabafo, mas quando penso melhor, acho que ela é uma canção, mas lá no fundo sempre acreditei que fosse sim, uma oração.
Ah! Isso não importa.
O que importa é que hoje é o Dia da Poesia, e isso quer dizer que estou mais inspirada ainda em ler poesias, por isso vou compartilhar algumas com vocês:
Algumas poesias de poetisas maravilhosas. Tão maravilhosas quanto suas poesias.
Não digas onde acaba o dia.
Onde começa a noite.
Não fales palavras vãs.
As palavras do mundo.
Não digas onde começa a Terra,
Onde termina o céu.
Não digas até onde és tu.
Não digas desde onde é Deus.
Não fales palavras vãs.
Desfaze-te da vaidade triste de falar.
Pensa, completamente silencioso,
Até a glória de ficar silencioso,
Até a glória de ficar silencioso,
Sem pensar.
(Cecília Meireles - Cânticos)
A vida é linda,
mesmo doendo
nos desencontros
e despedidas,
mesmo sangrando
em melogrados,
áridos hortos,
searas maduras
de sofrimento.
Chegar ao porto
da vida finda
cantando sempre
sonhando ainda.
(Helena Kolody - Sinfonia da vida, p.91)
Sei lá! Sei lá! Eu sei lá bem
Quem sou? um fogo-fátuo, uma miragem...
Sou um reflexo...um canto de paisagem
Ou apenas cenário! Um vaivém
Como a sorte: hoje aqui, depois além!
Sei lá quem sou? Sei lá! Sou a roupagem
De um doido que partiu numa romagem
E nunca mais voltou! Eu sei lá quem!...
Sou um verme que um dia quis ser astro...
Uma estátua truncada de alabastro....
Uma chaga sangrenta do Senhor...
Sei lá quem sou?! Sei lá! Cumprindo os fados,
Num mundo de maldades e pecados,
Sou mais um mau, sou mais um pecador...
(Florbela Espanca)
terça-feira, 13 de março de 2012
sábado, 3 de março de 2012
Helena Kolody - Poeta paranaense
"Vim da Ucrânia valorosa,
que foi Russ e foi Rutênia.
Vim de meu berço selvagem,
lar singelo à beira d´água,
no sertão paranaense.
Feliz menina descaça,
vim das cantigas de roda,
dos jogos de amarelinha,
do tempo do 'era uma vez..."
Filha de imigrantes ucranianos, nasceu na cidade paranaense de Cruz Machado, em 1912, e passou a infância em Três Barras (SC).
Iniciou publicando seus poemas em jornais e revistas – então com 16 anos – e os primeiros livros foram publicados, na maioria, com seus próprios recursos.
Helena Kolody não se casou, e o foi para ela um sentimento inspirador, nunca concretizado, que transpareceu em seus poemas como um sonho, como algo doce e lírico.
Aos 80 anos passou a fazer parte da Academia Paranaense de Letras, sendo a segunda mulher a participar deste fechado círculo, antes reservado apenas aos homens.
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
A Idade de Ser Feliz
Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.
Fase dourada em que a gente pode criar
e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.
Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.
Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.
Feliz Aniversário Eliane!!!!!!!
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
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