quarta-feira, 1 de maio de 2013

O caderno de Maya - Isabel Allende

"Minhas vísceras começaram a sofrer o ataque frontal das bactérias chilenas. No segundo dia nesta ilha, caí de cama curvada de dor no estômago e ainda sinto tremores, por isso passo horas na frente da janela com uma bolsa de água quente na barriga. Minha avó diria que estou dando um tempo para minha alma chegar a Chiloé. Ela acha que viagens de avião não são convenientes porque a alma viaja mais devagar que o corpo, se atrasa e, às vezes, se perde pelo caminho; essa seria a causa de os pilotos, como meu pai, nunca estarem totalmente presentes: vivem à espera da alma, que anda nas nuvens."

(O caderno de Maya - Isabel Allende, p.39)



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