domingo, 29 de abril de 2012

Sem arrependimentos...


E, no entanto, não havia nada que se arrepender. Fizera alguma coisa. Ele fora alguma coisa. Suas lembranças não tinham se esfumado, como se costumava dizer. Nada disso. Suas lembranças eram como uma aquarela que tivesse sido exposta a chuva. As cores tinham se misturado, o desenho estava mais abstrato, ainda interessante, mas já com estrias escurecidas onde a água, em sua passagem, arrastara consigo um excesso de cores.
Livro: A jogadora de xadrez, Bertina Henrichs, p.148

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá! Que bom ter você em nosso blog.
Deixe seu recado, expresse sua opinião sobre o assunto, ficaremos muito felizes.
Não esqueça de se identificar!!!